Investir em Portugal: Imobiliário
Que fatores figuram na decisão de um investidor para apostar no imobiliário em Portugal?
Se por um lado, no contexto atual, existe alguma instabilidade, transversal a todo o mundo, por outro Portugal afirma-se desde logo como um destino confiável pela sua estabilidade social e política. Confiança e segurança são palavras de ordem para os que pensam investir e o mercado nacional sabe como as promover e assegurar.


CREDIBILIDADE
Portugal continua a atrair investimento e os pontos de reputação que vai somando são fundamentais. Para além das provas dadas, existe a transmissão desta energia vibrante que carateriza o mercado nacional, contribuindo para o efeito os vários estudos que são feitos por players nacionais e internacionais. Vejamos um exemplo:
Recentemente a PwC e o Urban Land Institute divulgaram um relatório que coloca a capital portuguesa entre as 20 cidades europeias mais atrativas para o investimento imobiliário este ano. No relatório “Emerging Trends in Real Estate – Road to Recovery” destaca-se que os principais indicadores melhoraram em relação ao ano passado: as perspetivas de investimento aumentaram 3,92 pontos, enquanto as perspetivas de desenvolvimento aumentaram 3,80 pontos.
De acordo com a classificação do relatório, numa visão local, as expetativas atuais de investimento em Lisboa são “boas”.
Apesar deste exemplo salientar Lisboa, as oportunidades para investir em Portugal não se esgotam por aqui., Devido à crescente transformação e regeneração da vida urbana, Portugal conta com várias localizações com elevado potencial de desenvolvimento, por exemplo, através de empreendedorismo imobiliário.
POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO DAS CIDADES
Com uma nova visão do desenvolvimento urbano em curso em Portugal, há uma consciência redobrada do trabalho que é necessário promover nos territórios. A isto junta-se o conceito da Cidade dos 15 Minutos, desenvolvido por Carlos Moreno, e cuja implementação a Nhood se propõe desenvolver. Aqui existe um foco claro na proximidade física entre as diferentes dimensões da vida de cada um de nós – casa, trabalho, serviços, retalho, lazer, etc. –, numa lógica de construção de uma cidade policêntrica, anulando a ideia de uma única centralidade ou clusterização que dita o destino.
Carlos Moreno afirma que “estamos numa emergência climática e que as cidades têm um papel determinante. As cidades são o maior contribuinte para as emissões de CO2, e, nas cidades, os transportes. Com a Cidade dos 15 Minutos, a cidade da proximidade, queremos que a cidade se transforme numa vasta rede de lugares para que o tempo útil se transforme em Tempo de Vida. É uma forma diferente de viver, de consumir, de trabalhar, de estar na cidade. Significa repensar a forma das pessoas se movimentarem, de atravessarem a cidade, de explorá-la, de descobri-la a pé ou de bicicleta, e assim responder à efetiva redução da pegada verde. É por isso crucial definir um novo estilo de vida urbano, assente na proximidade e distância reduzida de todas as funções essenciais”.
Portugal está a caminhar neste sentido e por isso há um enorme potencial. O desenvolvimento das cidades tem sido frequentemente ligado em Portugal ao setor do turismo, que continuará a ter um papel relevante, mas hoje percebe-se que as cidades têm de ser locais de vida não só para os turistas, mas também para os residentes. Isto motiva uma regeneração e transformação dos bairros e cidades, que se revelam repletas de oportunidades aos olhos dos investidores. São exemplo disso, a promoção de projetos de uso misto e o desenvolvimento de construções sustentáveis, que tragam valor imediato e positivo para os bairros e para os cidadãos.
CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO E INOVAÇÃO SÃO ÂNCORAS PARA INVESTIR EM PORTUGAL
Adaptação e inovação têm sido os motores do setor do imobiliário nacional e um dos eixos principais de avaliação dos investidores. O mercado tem sido impulsionado pela procura de soluções inovadoras que criem locais mais resilientes. Seja através do compromisso com as energias renováveis, da construção sustentável, ou das políticas de ESG (Environmental, Social and Governance) dos intervenientes – públicos e privados – no planeamento urbano, esta componente de inovação é indissociável do desenvolvimento.
Assim, as áreas de transição e eficiência energética estimulam o imobiliário, aplicando-se tanto aos projetos de raiz como de regeneração de ativos. A evolução passa por tornar os espaços mais sustentáveis, conscientes e acessíveis, tanto no retalho comercial, como nos escritórios, residencial e outras áreas, um propósito que também a Nhood Portugal traz para a sua área de atuação.
Um exemplo claro deste propósito passa pela implementação da certificação BREEAM desde o primeiro momento da definição do projeto de um ativo, sendo inclusivamente um garante da sua atratividade no mercado a longo prazo. Esta certificação, um método internacional que permite medir o grau de sustentabilidade ambiental dos edifícios, está presente
em vários ativos geridos pela Nhood, seja em Portugal nos Centros Comerciais Alegro Alfragide, Castelo Branco Setúbal, seja além-fronteiras como no projeto Vialia Vigo, em Espanha – um projeto de regeneração urbana na entrada da cidade de Vigo, com a introdução de um espaço de uso misto que integra a estação ferroviária e rodoviária de Vigo, uma praça pública e o centro comercial.
Esta certificação é bastante importante e a Nhood, para além dos projetos acima mencionados, pretende certificar 100% dos ativos que gere a muito curto prazo.
VÁRIAS ÁREAS DO IMOBILIÁRIO EM ALTA
Se em alguns países as oportunidades para investir no imobiliário estão centradas apenas numa área, em Portugal há mais portas abertas no imobiliário: turismo, retalho comercial, residencial, escritórios, logística e outros.
Este medir de pulso ao mercado é feito pelos principais intervenientes no setor, cujos indicadores apontam para que o setor residencial continue a ser um dos maiores focos, sobretudo neste momento, em que existe uma escassez de oferta para as famílias portuguesas. O turismo volta a ganhar relevância, mas as atenções estão maioritariamente viradas para o crescimento na área industrial e logística. Este facto é motivado pela escassez insustentável de oferta imobiliária qualificada para os operadores logísticos, o que torna o mercado de terrenos para promoção particularmente interessante.
Outro indicador particularmente interessante é o facto de as cidades listadas em primeiro lugar, como Londres e Berlim, correrem o risco de assistir ao reverso da medalha. Isto é: excesso de procura motiva, inevitavelmente, o afastamento de pessoas e empresas que não conseguem acompanhar este padrão tão elevado. Portanto, procuram mercados alternativos, mas igualmente qualitativos, onde Portugal figura certamente como potencial destino.
Por exemplo, a JLL, através dos resultados do seu estudo “Market Pulse”, destaca que as transações de hotéis e de industrial & logística impulsionam o investimento imobiliário comercial. Em conjunto, os dois segmentos garantiram 66% do montante transacionado no primeiro semestre deste ano, o qual ascendeu a 640 milhões de euros.
O relatório da JLL evidencia ainda o desempenho dos mercados ocupacionais, liderados pelos escritórios, cuja ocupação em Lisboa nos primeiros seis meses de 2022 superou já a atividade de todo o ano de 2021, atingindo 168.000 m2. No Porto, soma mais de 30.000 m2, em forte crescimento com os semestres idênticos de 2019, 2020 e 2021.
O “Market Pulse” mostra ainda que o mercado de retalho está em recuperação, apesar da inflação. Há aumento de fluxo de visitantes quer no comércio de rua quer nos centros comerciais, e os retalhistas continuam a retomar os seus planos de expansão, querendo marcar presença em localizações prime.
Neste campo do retalho também a Nhood contribui para o barómetro, uma vez que gere os Centros Comerciais Alegro, e podendo adiantar que no primeiro semestre de 2022, comercializou 58 novas lojas, totalizando perto de 7 000m² de área bruta locável. A taxa de ocupação nos ativos geridos pela Nhood Portugal está nos 98%, em linha com os níveis pré-pandemia – sublinhando o índice de confiança.
SETOR IMOBILIÁRIO EM PORTUGAL: OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO ÚNICAS
Investir em Portugal passa certamente pelo Imobiliário e são muitas as oportunidades como se pode constatar. Essencial será contar com o apoio dos players indicados para que as empresas e entidades públicas que promovem os seus novos projetos tenham a real capacidade de acompanhar a transformação das cidades, bem como as necessidades de quem nelas habita, através de uma observação e escuta permanentes, para que também elas possam evoluir em sintonia.
Desta forma, conseguirão dar respostas aos novos requisitos das comunidades, através da criação de soluções inovadoras, agregadoras de valor para todos os intervenientes e, acima de tudo, sustentáveis, independentemente do seu setor de atividade.
A Nhood Portugal, enquanto plataforma global de soluções imobiliárias em projetos de uso misto, trabalha para apoiar estes players no desenvolvimento dos seus ativos e potenciar o investimento em Portugal, sempre com a premissa de gerar impacto positivo.
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